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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CASO USP? NEM CONTRA, NEM A FAVOR: SUSPENDO MEU JUÍZO.

CASO USP? NEM CONTRA, NEM A FAVOR: SUSPENDO MEU JUÍZO.
Quando nem um dos lados me parece razoável, o melhor a fazer é não tomar partido.

                Nestes últimos dias tenho sido frequentemente indagado sobre minha opinião a respeito dos acontecimentos recentes ocorridos na Universidade de São Paulo, a saber, a prisão dos estudantes que fumavam maconha, o protesto subseqüente, os questionamentos em torno da presença da PM no campus, a ocupação da reitoria por parte dos estudantes, a invasão da mesma pela tropa de choque no ato de reintegração de posse, a prisão dos 70 envolvidos e a posterior soltura dos mesmos, mediante fiança. Não deixei de acompanhar também as publicações de antes, durante e depois dos eventos, de ambas as partes, tanto nos jornais, quanto nas redes sociais, blogs e afins. Só não acompanhei as notícias veiculadas pela mídia televisiva, pois a mesma tem o poder de distorcer qualquer realidade que se pretenda representar, fato – isenção saudável da minha parte, pois só assim não me vejo, também, influenciado por ela. Minha resposta a todos os questionamentos? Uma sucessão de evasivas, brincadeiras jocosas (quem me conhece, sabe que sou assim mesmo...) e comentários ligeiros, pois, no calor do momento, não me parecia plausível emitir alguma opinião. Aliás, tenho aprendido a guardar minhas opiniões, procurando emiti-las apenas nos fóruns adequados, pois percebi que o ato de se emitir uma opinião, visão ou conceito que não concorda com a maioria presente (seja qual for esta maioria) gera um desgaste, um transtorno considerável a quem fala e, sinceramente, cansei de sair desgastado e transtornado destes debates. Tomei minha decisão e a tenho seguido à risca: não gasto mais meu latim e não tenho perdido oportunidades de permanecer calado, pois percebo que, muitas vezes, quem fala demais pode não ter nada a dizer. Durante a ocupação mesmo presenciei um interessante “debate” sobre o assunto, com posições claramente contrárias: de um lado, pessoas pró-ocupação e tal, do outro, pessoas contrárias. Minha colaboração ao debate? Muito pouca ou quase nada – tinha (e tenho) uma porção de coisas grandes pra conquistar e não posso ficar aí parado (parafraseando Raul Seixas).
Agora, baixada a poeira, ânimos arrefecidos, gostaria de registrar algumas considerações. Primeiramente, se fosse usar um único termo, keyword, para definir todos esses acontecimentos, talvez usasse EXAGERO. Mas, exagero de quem? De todas as partes envolvidas nesta patuscada – estudantes, polícia, reitoria, mídia, geral. As proporções dos eventos foram propositadamente (ou não) aumentadas. Como diz uma amiga minha: - eu aumento pra dar graça...
EXAGERO - começando pela reitoria, não era necessário apelar para a polícia para por fim à ocupação. Acredito que negociações dialogadas entre as partes poderia elevar o nível da discussão e resolução do impasse. A truculência da decisão apenas expõe a fragilidade da universidade brasileira dentro do âmbito democrático, bem como a fragilidade da própria democracia neste país. Se nem a academia consegue resolver seus problemas sem apelar para a força, quem o conseguirá? Não posso deixar de citar a falta de tato e excesso de autoritarismo do “magnífico” reitor Grandino Rodas – o homem tem um péssimo histórico nisso e sua própria designação para reitor, feita à revelia da opinião da comunidade universitária, já aponta para suas afinidades pouco democráticas.
EXAGERO – por parte da polícia, que, obviamente, não necessitava de todo aquele aparato bélico, cavalaria, helicóptero, bombas de efeito “moral” (essa é boa...), gás lacrimogênico, spray de pimenta, escudos, etc. Estavam lidando com estudantes desarmados, em plena madrugada. A violência e a truculência dispensadas ali foram a mais, como dizem meus alunos. Mas não seria muito diferente em outras ocasiões e instâncias, aliás, já presenciei demonstrações muito maiores e mais violentas de força, seja como estudante, seja como grevista, sem querer subestimar os tensos momentos que aqueles estudantes vivenciaram (só para citar – não foi feito uso ostentivo das algemas. Os estudantes entraram no ônibus com as mãos livres e tranquilamente, o que desqualifica a fala de alguns de que estavam sendo tratados como “bandidos”, pois sabe-se que muitos cidadãos de bem já foram presos, algemados e escorraçados na mão de policiais de conduta duvidosa, confundidos e tratados como bandidos, mas não me parece esse o caso). O que se pretendia era fazer um show pirotécnico para a audiência fiel de Datena e outros picaretas do entardecer, vomitórios de frases prontas e preconceitos, e, preciso admitir, parecem ter conseguido.
EXAGERO – por parte dos estudantes, que se esforçavam para serem vistos como presos políticos, perseguidos políticos, mas, sinceramente ali não vi nenhum. O que vi foi um pequeno grupo de estudantes (se bem que a concepção usada para o verbo “estudar” parece ser mais ampla do que a que se costuma usar, pois estou convencido de que se o tempo e energia gastos em toda essa novela da ocupação fossem utilizados nas bibliotecas e na produção do conhecimento, talvez os tais “estudantes” teriam contribuído muito mais à sociedade, que sustenta os “estudos” dos mesmos) procurando deixar seu recado (qual mesmo?), ser ouvido (carência? Freud explica) e, quando na apoteose dos acontecimentos foram presos em um ônibus (por algumas horas, diga-se de passagem, mas a maior parte das pessoas que conheço passa horas presa dentro dos transportes públicos neste país) o máximo que se registrou foram falas esparsas e contraditórias. Num dos relatos, um dos jovens dizia que não era tão ruim ficar preso no ônibus, pois pelo menos dava para falar com os parentes e fumar...
Ainda dentro desta temática dos estudantes, duas questões são incontornáveis: uma gira em torno da presença da PM no campus e outra ao redor da legalização ou não do uso da maconha.
Em relação à presença da PM no campus, posso afirmar que essa discussão não começou agora. Quando eu era estudante de graduação (no início dos anos 2000) o debate já acontecia há tempos. De acordo com os índices de criminalidade registrados no campus o fervor do debate também oscila. Ainda me lembro de um surto de estupros na época, que levou muita gente, em especial as mulheres, a pedir um maior policiamento dentro da universidade. O fato que a maioria das pessoas parece não se dar conta é que o campus da USP na capital, a Cidade Universitária, é simplesmente gigantesco. Circulam por lá cerca de 100 mil pessoas todos os dias. As portarias são abertas a quem quer que queira entrar a maior parte do dia. Ao redor da USP (e de toda a cidade de São Paulo) há um cinturão de favelas, sendo que a mais conhecida é a São Remo. É natural que numa cidade com tantos “habitantes” apareçam índices consideráveis de criminalidade e, a única forma de se coibir os mesmos, a curto prazo, é com a presença efetiva do policiamento ostensivo, pois a Guarda Universitária (cujos contingentes foram diminuídos pela gestão de Rodas) tem como prioridade a preservação do patrimônio da Universidade, não possuindo (ainda bem) poder de polícia. A médio e longo prazos, o investimento maciço na educação de qualidade, pois é o elemento mais eficaz para se tratar qualquer problema de criminalidade. No entanto, essas milhares de pessoas não podem esperar o advento dos resultados da melhoria da educação – elas precisam ser protegidas agora. Cabe à polícia protegê-las e servi-las. Essa é a função do Estado, independentemente do fato se essas pessoas pertencerem à USP ou não, pois são cidadãs, antes de tudo. Obviamente, a polícia precisa agir especificamente nesta função, JAMAIS interferindo nos assuntos internos da Universidade, nos movimentos estudantis e trabalhistas ou no que quer que seja.
No que tange à legalização do uso da maconha, considero o debate muito válido, mas dadas as circunstâncias atuais, algumas notas precisam ser tomadas. Primeiramente, é importante lembrar que não se permite fumar maconha em qualquer lugar deste país, inclusive na USP, pois a mesma não é um território independente do Estado de São Paulo. A simples posse da maconha em pequena quantidade não é crime, mas sua venda sim. E a pergunta que não quer calar é: onde os alunos da USP conseguem seus baseados??? Plantações caseiras clandestinas para uso próprio??? A resposta é óbvia: compram dos traficantes dentro, fora e nos arredores do campus, numa facilidade incomum, mesmo para os padrões de nossa sociedade. Durante toda a minha vida fui aluno da escola pública, na periferia das grandes cidades e dela ingressei na USP, mas posso dizer uma coisa: nunca estive tão perto das drogas, em especial, maconha e cocaína quanto na universidade. Não havia sequer uma festa que não fosse regada a muita marijuana e pó. Foi lá que vi pela primeira vez pessoas usando drogas, impune e abertamente. O que os defensores da maconha se esquecem é que o mesmo dinheiro utilizado para a compra do “fininho”, gira nos negócios da cocaína, do ecstasy (droga seletiva, pois o preço é inacessível à maioria da população) e termina das famigeradas pedras de crack, responsáveis pela invasão dos “nóias”, esses zumbis saídos das “cracolândias” para as demais ruas da cidade e vice-versa. Sim, o mesmo sistema que facilita a maconha para os universitários, produz o “nóia” dos nossos semáforos. A diferença é que cada um tem, normalmente, cor, classe e origem bem definidas.
A tão falada defesa da universidade pública, gratuita e para todos permeia o discurso dos estudantes, mas não posso deixar de registrar meu adendo quanto a esse “todos” – afinal, de quem estamos falando? Como filho da classe trabalhadora na universidade, sempre me senti em dívida com a sociedade – tanto que abracei a educação pública como minha profissão e a ela tenho me dedicado há praticamente uma década. Em 9 anos de formação, fiz meu bacharelado, minha licenciatura e obtive o título de mestre (agora me esforço pelo doutorado) e me espantei deveras quando vi em uma foto de jornal vários rostos conhecidos em uma assembléia de estudantes da FFLCH. Várias pessoas que conheci na graduação (e no movimento estudantil do qual, também, fiz parte) AINDA permanecem na graduação, sem nenhuma perspectiva de se formar. Sabe por que? Porque não o desejam. É mais fácil permanecer no ambiente universitário, eterna graduação, espécie de torre de marfim imaginária, do que dar contas à sociedade pelos anos de investimentos feitos em nossa formação. O que muitos querem é usufruir dessa suposta liberdade da autonomia universitária para fazer o que bem entendem, inclusive usar drogas, o que seria mais complicado, talvez, fora dos muros da Universidade. Para além destes muros, somos obrigados a crescer, a sermos responsáveis, a nos sustentar, enfim, a enfrentar a realidade.
Mas não culpo a esses meninos – somos filhos da morte das utopias, de pais esperançosos que viram a ditadura ir embora e dar lugar a essa democracia raquítica que vivenciamos. A ausência de bandeiras faz qualquer coisa se tornar uma bandeira. A ausência de significados faz qualquer grito parecer discurso.
Evoco Cazuza para ilustrar minha fala:
Am7          Em7              Am7   Em7
Meu partido, é um coração partido
             Am7   Em7           Am7   Em7
E as ilusões,     estão todas perdidas
                 Dm7                     
Os meus sonhos, foram todos vendidos
                              Am7
Tão barato que eu nem acredito, ah, eu nem acredito
        Em7                  G                  C7+
Que aquele garoto que ia mudar o mundo, mudar o mundo
     Em7                 G           D
Frequenta agora as festas do "Grand Monde"
Am7         G                D
Meus heróis morreram de overdose
Am7      G               D
Meus inimigos estão no poder
     F        Dm7           Am7
Ideologia, eu quero uma pra viver
      Em7                        Am7   Em7
O meu prazer,    agora é risco de vida
         Am7             Em7             Am7   Em7
Meu sex and drugs, não tem nenhum rock'n'roll
          Dm7                          
Eu vou pagar a conta do analista
                               Am7
Pra nunca mais ter que saber quem sou eu
Ah, saber quem eu sou
            Em7           G                      C7+
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo, mudar o mundo
         Em7         G                     D
Agora assiste a tudo em cima do muro, em cima do muro
Am7              G         D
Meus heróis morreram de overdose
Am7         G            D
Meus inimigos estão no poder
      F         Dm7          Am7
Ideologia, eu quero uma pra viver
    F    E7        D       SOLO
Ideologia,    pra viver
Em7                 G                      C7+
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo, mudar o mundo
            Em7         G                      D
Agora assiste a tudo em cima do muro, em cima do muro
Am7           G           D
Meus heróis morreram de overdose
Am7     G               D
Meus inimigos estão no poder
 F            Dm7           Am7
Ideologia, eu quero uma pra viver

 Concluo, dizendo: CASO USP? NEM CONTRA, NEM A FAVOR: SUSPENDO MEU JUÍZO.
Quando nem um dos lados me parece razoável, o melhor a fazer é não tomar partido.
Anderson Paiva
Bacharel e Licenciado em Filosofia USP
Mestre em Literatura e Cultura Judaica USP
11/11/2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

“O racismo é a valorização, generalizada e definitiva, de diferenças, reais ou imaginárias, em proveito do acusador e em detrimento da vítima, a fim de justificar os seus privilégios ou a sua agressão”.
"Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública" Art. 1.

Material de Estudos 4º Bimestre!!!

 Definições e conceitos
Preconceito, discriminação e racismo

“Preconceito: opinião ou crença admitida sem ser discutida ou examinada, internalizada pelos indivíduos sem se darem conta disso, e influenciando seu modo de agir e de considerar as coisas”. (Hilton Japiassú)”.

Inscrições para o Sarau Rock anos 80!!!!

Inscrições para o Sarau no link abaixo:

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Abraço e bj filosófico

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Material de Estudos 2° ano "O Indivíduo e a psicanálise"

O indivíduo e a psicanálise – Sigmund Freud

            Analisando pessoas com uma doença chamada histeria, cujos sintomas se confundem com uma espécie de “possessão demoníaca” (falta de visão, desmaios, paralisia, pânico e ansiedade sem causa física aparente), Freud descobriu que ela se tratava de uma doença causada pela autorrepressão.
            Autorrepressão dos impulsos considerados dolorosos, terríveis ou vergonhosos para aquele indivíduo. Freud concluiu que essa repressão que as pessoas faziam contra seus próprios impulsos era a causa da histeria. Esses impulsos ficariam fechados, isolados no que Freud chamou de inconsciente.
            O inconsciente está por trás de grande parte de nossas fantasias. Ele gera nossas lembranças e permite que nossa consciência tenha acesso a informações importantes, como a memória de nomes, datas, lugares, sensações. No entanto, o inconsciente é responsável, também, por esquecimentos, lapsos, distrações, confusão de idéias, atitudes desastrosas e associação de ideias diferentes.
            A cultura ocidental ignorou o inconsciente e supervalorizou a consciência. Entretanto, o inconsciente está sempre em atividade no dia-a-dia, criando, por exemplo, os sonhos. Por isso, ao interpretar o sonho, seria possível chegar a alguns conteúdos do inconsciente, conhecendo um pouco aquilo que reprimimos.
(adaptado do Caderno do Professor – Filosofia 2° Ano).

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

3 conceitos de liberdade - Marilena Chauí - material de estudo 3° anos noturno

Três Conceitos de Liberdade
 Marilena Chauí

            A primeira grande teoria filosófica da liberdade é exposta por Aristóteles em sua obra Ética a Nicômaco e, com variantes, permanece através dos séculos, chegando até o séc. XX, quando foi retomada por Sartre. Nessa concepção, a liberdade se opõe ao que é condicionado externamente (necessidade) e ao que acontece sem escolha deliberada (contingência). Diz Aristóteles que é livre aquele que tem em si mesmo o princípio para agir ou não agir, isto é, aquele que é causa interna de sua ação ou da decisão de não agir. É a ausência de constrangimentos externos e internos. Assim, na concepção aristotélica a liberdade é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário. A inteligência inclina a vontade numa certa direção, mas não a obriga nem a constrange. A liberdade será ética quando o exercício da vontade estiver em harmonia com a direção apontada pela razão. Sartre levou essa concepção ao ponto-limite. Para ele, a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo, por isso afirma que estamos condenados à liberdade. Somos agentes livres tanto para ter quando para perder a felicidade.
            A segunda concepção da liberdade foi desenvolvida pelo estoicismo (séc. IV a.C), ressurgindo no séc. XVII com o filósofo Espinosa e, no séc. XIX, com Hegel e Marx. Eles conservam a idéia aristotélica de que a liberdade é a autodeterminação ou ser causa de si. No entanto, diferentemente de Aristóteles e Sartre, não colocam a liberdade no ato de escolha realizado pela vontade individual, mas na atividade do todo, do qual os indivíduos são partes. O todo ou a totalidade por ser a Natureza (como para os estóicos e Espinosa), ou a cultura (como para Hegel), ou, enfim, uma formação histórico-social (como para Marx). A liberdade não é um poder individual, mas é o poder do todo para agir em conformidade consigo mesmo. As leis da Natureza, a cultura, ou a história, são as maneiras pelas quais a liberdade do todo se manifesta.
            Além da concepção do tipo aristotélico-sartreano e da concepção de tipo estóico-hegeliano, existe ainda uma terceira concepção que procura unir elementos das duas anteriores. Afirma, como a segunda, que não somos um poder incondicional de escolha de quaisquer possíveis, mas que nossas escolhas são condicionadas pelas circunstâncias da realidade histórica em que estamos situados. Não se trata da liberdade de querer alguma coisa e sim fazer alguma coisa, distinção feita por Hobbes, no séc. XVII e retomada por Voltaire no séc. XVIII, ao dizerem que somos livres para fazer alguma coisa quando temos o poder de fazê-la. Essa terceira concepção da liberdade introduz a noção de possibilidade objetiva. A liberdade é a capacidade para perceber as possibilidades e o poder para realizar aquelas ações que mudam o curso das coisas, dando-lhe outra direção ou outro sentido.