O indivíduo e a psicanálise – Sigmund Freud
Analisando pessoas com uma doença chamada histeria, cujos sintomas se confundem com uma espécie de “possessão demoníaca” (falta de visão, desmaios, paralisia, pânico e ansiedade sem causa física aparente), Freud descobriu que ela se tratava de uma doença causada pela autorrepressão.
Autorrepressão dos impulsos considerados dolorosos, terríveis ou vergonhosos para aquele indivíduo. Freud concluiu que essa repressão que as pessoas faziam contra seus próprios impulsos era a causa da histeria. Esses impulsos ficariam fechados, isolados no que Freud chamou de inconsciente.
O inconsciente está por trás de grande parte de nossas fantasias. Ele gera nossas lembranças e permite que nossa consciência tenha acesso a informações importantes, como a memória de nomes, datas, lugares, sensações. No entanto, o inconsciente é responsável, também, por esquecimentos, lapsos, distrações, confusão de idéias, atitudes desastrosas e associação de ideias diferentes.
A cultura ocidental ignorou o inconsciente e supervalorizou a consciência. Entretanto, o inconsciente está sempre em atividade no dia-a-dia, criando, por exemplo, os sonhos. Por isso, ao interpretar o sonho, seria possível chegar a alguns conteúdos do inconsciente, conhecendo um pouco aquilo que reprimimos.
(adaptado do Caderno do Professor – Filosofia 2° Ano).